Médico e Indústria Farmacêutica, e ai?
Pela ética na relação entre médicos e indústria farmacêutica.
Escrito por Roberto Luiz d’Avila
Recentemente, vários jornais publicaram matérias informando a decisão do Conselho Federal de Medicina (CFM) de trabalhar pela adoção de medidas que contribuirão para tornar mais transparente e ética a atuação da indústria farmacêutica em relação ao medico e vice-versa. Lembro que não uma, mas inúmeras vezes, fui questionado por repórteres e até por alguns colegas sobre a pertinência dessa ação. A resposta sempre veio rápida e a cada repetição fico mais seguro dos argumentos apresentados. Não se trata de posição isolada, mas a expressão do coletivo do CFM atento à defesa da ética no exercício da profissão.
Os excessos praticados por alguns setores da indústria de medicamentos e equipamentos médicos se avolumam ao longo dos anos. Para eles, como é natural, a saúde é um negócio. E por isso deve gerar lucros e evitar prejuízos. Esse entendimento alarga o fosso entre a alma do empresário e a missão do médico, para quem seu trabalho deve render honorários adequados, sem cair na armadilha da mercantilização.
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